A menina saiu de casa
descalça na noite escura,
deixou os irmãos que ama
e foi buscando aventura.
Sonâmbulo-la ou epiléptica
são as razões do seu pai,
e a madrasta ar patética
deixa-lhe porta aberta,sai.
Espalhadas muitas centenas
esperando que alguém veja,
os devotos rezam novenas
e o pai,vai bebendo cerveja.
Passam noites passam dias
mas a menina não está,
nem um rasto aparecia
será que Deus a tem lá.
Acende uma luz o mano
que teima em desabafar,
a menina entrou no banho
quando eu me ia deitar.
Ela entrou mas não saiu
e acabei por adormecer,
na cama não mais dormiu
o que deveria acontecer.
Mas a bebida e o cansaço
faz desabar a barreira,
diz caiu e fez inchaço
morreu dentro da banheira.
Nós estava-mos esgotados
p'ra levar ao hospital,
com panos a embrulhamos
e a deixamos no pinhal.
Mentiras e mais mentiras
estes monstros inventaram,
assim morrem as meninas
tanta inocência levaram .
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