Camões embarcou sem louros
para o continente Africano,
em escaramuças com o mouro
voltou passado terceiro ano.
Deixou em África um olho
por certo não lhe fez falta,
ficou um poeta mas zarolho
com a admiração da malta.
Duelos, rixas e amores
idealismo fogoso e paixão,
provoca inveja e rancores
e cumpre um ano de prisão.
Escreveu o primeiro canto
nesta prisão em Portugal,
segue-se a India é encanto
deixando quem lhe quer mal.
Na India luta, é valente
outras grandes expedições,
mas o seu sonho ele vence
em Macau vive novas emoções.
Foi nessa gruta em Macau
escreveu mais do seu poema,
volta a Goa, afunda-se a nau
está montado o estratagema.
Braço no ar, no rio Mekong
ele salva seu lindo poema,
e o governador lhe responde
com a prisão, seu novo tema.
Por fim o regresso a Lisboa
como toda a miséria que sente,
Poeta e Jau, alguma gente boa
morre com Portugal independente.
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