Esta velhinha que aí vem
que provoca o meu sorriso,
torcida mas que ainda tem
força, dá-me cabo do juízo.
Ela é torta e anda torta
parece, árvore retorcida,
que tem a metade já morta
e com uma cara envelhecida.
Com a sua já longa idade
mas o corpo toda curvado,
lembro-me e tenho saudade
do jovem alto e aprumado.
E por graça meio zombando
assim toda torcida curvada,
como consegue ir passando
mas vivendo sempre animada?
A árvore que sempre torcida
habituou-se às suas mágoas,
e a outra direita e comprida
acaba sempre feita em tábuas.
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