O poeta, pensando pensando
na rima p'ro verso sonhado,
um gato preto ia passando
estou a dormir ou acordado.
Cabeça de mula, galinha preta
a bruxa em redor acende palha,
dançando na boca uma chupeta
e à volta faíscas ela espalha.
No lusco fusco estrada em cruz
a bruxa envolta em grande véu,
abre a bocarra e fecha-se a luz
e em zig-zag em direção ao céu.
Mas o poeta que é homem culto
sabe que bruxas ali não as há,
estarei doente?, vejo um vulto
que está andando vindo para cá.
Nas noites de inverno, há lareira
histórias de bruxas são contadas,
avós inventam uma bruxa padeira
outros dias são contos de fadas
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