Quando o Valentim fez anos
deram-lhe muitos presentes,
para impressionar os manos
com espada, armas capacetes.
Eu não tenho medo de nada
venha um lobo ou um leão,
estou aqui sem a montada
com a minha espada na mão.
Ele que venha, que apareça
sou um grande valentão,
tenho proteção na cabeça
e eu não tenho medo não.
Mas dum canto da salinha
saiu de lá pequeno rato,
junto ao banco se aninha
mesmo dentro dum sapato.
Valentim largou as armas
tremendo e cheio de medo,
deitando fora as amarras
escondeu-se trás do penedo.
Os primos riram gritando
troçando daquele valentão,
quando um ratinho passando
fez deste herói, fanfarrão.
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