de todo barulho exterior,
a causa, o vírus malvado
que nos enche de pavor.
De quarentena lhe chamam
à vida que o vírus tem,
filhos fora de quem amam
e de quem gosta de alguém.
Não me toques, porque pega
afasta-te mais de mim,
se sentires algo esfrega
com creme de cheiro a jasmim.
As comadres já não falam
com medo dos perdigotos,
as mais medrosas se calam
pois já chegou a Marrocos.
Esta praga dos cem anos
vem avisar toda a gente,
sejam brancos ou ciganos
que a vida é água corrente.
Com água se apaga o lume
ser amado é ter mais sorte,
amor grande é ter ciúme
não há remédio p'ra morte.
Sem comentários:
Enviar um comentário