sofrendo de um grande amor,
gozando a sombra do freixo
está concentrado o pensador.
vai buscando um arco-íris,
e procurando aquele abraço
que te deixou ao partires.
onde o mundo dá a volta,
sonha em comida abundante
e o povo não se revolta.
com corpo cheio de chagas,
e com as grandes matanças
feita por mentes falhadas.
cheio de cardo e pampilho,
pintado em tom de amarelo
por entre campos de milho.
os seus neurónios não dormem,
pensa nas grandes finanças
que só ajudam os que comem.
porque vê toda a maldade,
tenta esquecer mas resiste
e sente mais a crueldade.
encontrar um mundo puro,
onde a cara mais tristonha
seja alegre em seu futuro.
no espaço mundos semeia,
o homem estraga e o estuda
pois é pequeno grão de areia.