Quando Iberos povoaram
as terras do meu país,
densas matas abundavam
com ursos, lobos javalis.
Caminhos eram carreiros
por onde escoam as chuvas,
dormida cama de esteiras
sob os olhos das corujas.
Os Celtas vindo de França
têm estaturas colossais,
sem precisarem de lanças
se misturam em esponsais.
Fenícios, Gregos e Cartago
confinam o povo Lusitano,
mas quando se vê apertado
chamam o Império Romano.
Mas um pastor Viriato
foi vencendo grande Roma,
por traição o assassinato
e só depois a terra toma.
Outros povos lá do norte
fugindo ao grande nevão,
tentaram também a sorte
e passaram para o cristão.
Os mouros atravessam o mar
em grande vaga maometana,
passam estreito Gibraltar
e só nos resta a montanha.
Pelágio um príncipe Godo
enfrentou o grande ataque,
resistindo a ferro e fogo
em cinco reinos se reparte.
Portugal foi um dos filhos
nascido do grande ninho,
desatando alguns atilhos
de Trás-os-Montes ao Minho.
Na luta contra a mourama
veio Henrique da Borgonha
casou com Teresa, que ama
e nosso rei, veio na cegonha.
O novo Henrique é nosso rei
que muitas guerras travou,
foram tantas, que já não sei
mas no fim tantas ele ganhou.
Até Évora, Serpa e ainda Beja
se seguiram à grande Lisboa,
filho, conquista o que sobeja
torna grande a nossa coroa.
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