O Tio João, de longa idade
espreitava o sol no jardim,
relembrava a bela mocidade
tão longe, que lembra Caim.
Barba branca, olhos parados
pois tem medo do seu futuro,
pernas e braços já cansados
mas tudo para ele é escuro.
pois tem medo do seu futuro,
pernas e braços já cansados
mas tudo para ele é escuro.
O rapazinho que ali passava
sozinho pois vinha da escola,
parou e ao tio João perguntava
- O senhor quer jogar à bola?.
sozinho pois vinha da escola,
parou e ao tio João perguntava
- O senhor quer jogar à bola?.
E quantos anos senhor tem?
- Terei uns oito ou talvez dez,
então o jovem olhou com desdém
- De barba branca ainda é bebé!
- Terei uns oito ou talvez dez,
então o jovem olhou com desdém
- De barba branca ainda é bebé!
- Tenho estes anos, para viver
pois, o passado já não tenho,
as moedas gastei, não vou ter
porque ter mais será estranho.
pois, o passado já não tenho,
as moedas gastei, não vou ter
porque ter mais será estranho.
Tudo que me resta desta vida
será só isso o que eu terei,
apesar de já, muito comprida
onde ela vai parar? Não sei!
será só isso o que eu terei,
apesar de já, muito comprida
onde ela vai parar? Não sei!

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