Sua mãe era a carreteira
como filhas nesse tempo,
mesas, bancos e cadeiras
descalças à chuva e ao vento.
Das aldeias p'ra cidade
servindo tal gente rica,
desde a sua tenra idade
não sai, a carreteira fica.
Pobres mulheres do tempo
alguém considera: não é gente,
um burro de carga somente
tudo o seu coração sente.
As carreteiras de Paredes
as mobílias transportavam,
para a cidade nas veredas
era essa vida que levavam.
Mas um certo dia alvoreceu
comprou-se uma furgonete,
que trás às mulheres o céu
tudo já lá vai de camionete.

Sem comentários:
Enviar um comentário