Antiga quinta do nobre
não cuidada, ao abandono,
vendida em lotes ao pobre
cada casa, em novo dono.
Cinquenta anos passaram
e o carimbo é clandestino,
os velhos que ali moraram
vão cumprindo o seu destino.
Nas promessas de quem manda
amanhã vai ser legal,
diz que anda mas não anda
e no fim tudo é igual.
vai ser ano de eleições
melhor promessa não há,
neste sábado há sermões
vão-nos mostrar o alvará.
Com promessas nós votamos
em quem embrulha melhor,
e para sofrer cá estamos
vamos ter direito ao sol.
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