Numa aldeia alentejana
nasci bonita e gordinha,
ao contrário de minha mana
eu sou gorda ela é magrinha.
Hoje tenho uma inimiga
sempre julgo que me engana,
pois nesta minha barriga
cada vez tenho mais banha.
Nesta luta que é cruel
não há ginásio nem dança,
não há dieta de mel
na guerra contra a balança.
Não posso comer feijão
e muito menos gorduras,
nem sequer queijo com pão
não vou mais comer farturas.
Eu não sei se vou vencer
porque esta luta é desigual,
eu só me apetece comer
fome comigo se dá mal.
Ser gordinha era beleza
dos pintores da renascença,
hoje ser gorda é tristeza
e ser magra uma ciência.
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